Que azar dos diabos!

Há quase 2 anos que aqui não escrevia nada! DOIS ANOS. E porquê? Perdi a paciência para ouvir as conversas dos outros - para além de não ser uma coisa bonita de se fazer - as vidas deprimentes, enfim... agora foco-me na minha música, dormito ligeiramente e por vezes (modernices) vejo um ou outro episódio da Galáctica (original) no meu tablet.

Tudo estava bem até ontem. Segundos antes de ligar a música entra uma senhora no comboio a falar ao telemóvel aos berros... "Queres saber a última? A minha coelha matou os filhos". Pronto, está tudo estragado. Arrumei os auscultadores e toca de ouvir a conversa, qual viciado a dizer "só mais esta vez... que saudades".

Voltemos então à minha amiga!
- Como? Perguntou ela ao telefone...
- Não sei... só sei que cheguei a casa e estavam todos mortos.

Humm... não sabe... estavam mortos quando chegou... FOI A COELHA... isso mesmo Sherlock!
Mas pronto, até aqui tudo bem, todos têm direito a uma opinião, mesmo quando é "potencialmente" má, mas têm. É o que é... vale o que vale. O que vem a seguir é que é do melhor...

- Não te preocupes que ela não perde pela demora, quando chegar a casa... puff!

"Puff" foi o termo utilizado. A expressão facial, o som... "puff" foi simplesmente assustador.

- Não percebeste? Chego a casa e mato-a.

Ah bom... finalmente um pouco de justiça neste mundo cheio de coisas más. Olho por olho, dente por dente... por acaso à senhora faltavam-lhe alguns dentes, o que me leva a crer que pode não ser a primeira vez que ela leva a cabo uma destas "vendettas". Por acaso tenho saudades de um "bom" filme do Chuck Norris ou do Charles Bronson... vingadores da noite atacam novamente!
Mas continuando...

- Coitadinhos dos coelhinhos, os miudos estavam todos contentes e vem a coelha e mata-os! Não é justo.

Espera, para tudo (pensei eu). Há crianças envolvidas? Que não era justo já tínhamos percebido, mas explicar a crianças é que me cheira que vai precisar de elevados dotes de comunicação e pedagogia. Gostava tanto de estar na reunião familiar onde vai ser comunicada a decisão da Juiz Sherlock em terminar a vida da infame coelha... essa malfeitora.
Como será a deliberação? "Meninos, como é óbvio, foi decidido matar a coelha Laurinda" (não sei o nome da coelha... estou só a dar alguma cor ao texto). "Óbvio porquê? Então a cabra matou os filhos e nós íamos ficar a ver? Quando te derem um estalo dás a outra face mas só enquanto dás balanço com o braço para responder com o dobro da força". Upa upa... pedagogia ao mais alto nível... mas isto é pura especulação!

Voltemos então à conversa telefónica. Tudo bem, a senhora fartou-se de coelhos (pensei eu) e decidiu cortar o mal pela raiz... mata a coelha e pronto... erraaaaaaado!

- Conheces alguém que tenha coelhos para dar? É pá se foi preciso comprar compro, mas como a vida está prefiro não gastar dinheiro com estas coisas.

Coerente. A crise e tal... pois!
Vejamos. Mulher sai de casa e deixa uma coelha com as suas crias. Mulher chega a casa e encontra coelha com as crias mortas. Mulher revolta-se porque lá no fundo sabe perfeitamente que foi a coelha que matou os filhos. Mulher decide matar a coelha. Mulher comunica aos filhos a sua acção. Mulher "compra" outro coelho! Espectacular.

Espero que esta senhora não seja assim com os filhos caso contrário, face às asneiras que as crianças costumam fazer, estará sempre a pedir a substituição das mesmas!

As amigas de Barcarena voltaram! Gordura, Mats Magnusson e a mulher do Figo em pijama...

Que loucura!
Depois do desânimo de ver o comboio sair atrasado, os meus olhinhos brilharam quando vi as minhas amigas entrarem no comboio e ficarem em pé mesmo ao meu lado.
Reacção imediata: phones off.

Relembro aos mais distraídos que estas duas artistas, uma loira (a desbocada) e uma morena (a envergonhada), fizeram as delícias da carruagem onde viagei há uns meses (ver post da altura) com as histórias da relação extra-conjugal com o chefe da loira, dos ciumes (da loira) da vizinha com o marido, e da história do marido (outra vez da loira) excitar-se com a cena das lésbicas.

Hoje foi mais suave. Quando entraram já vinham a falar de tratamentos anti-gordura. O ar verde da morena a assitir à explicação da loira dos efeitos (no interior do corpo humano) dos tratamentos que estava a fazer foi um espectáculo. "E o preço", perguntava a loira?
Não foi barato: 1.000€... "mas são 8 tratamentos, sabes?". A boca da morena estava assim... como é que vos consigo explicar... ESCANCARADA! "1.000€? Mas isso não é muito caro para ti?"

Agora a resposta da loira (MUITA ATENÇÃO): "o João (não sei se se lembram mas é o tal marido dela... o semi-corno) também achou mas fez-me a vontade porque gosta muito de mim". Upa upa...
Gostava de referir que não estamos a falar de nenhum batoque... a sra quando está de frente parece que está de lado... mas pronto! Ele lá tentou explicar que tinha feito umas pesquisas e que tinha encontrado tratamentos entre os 55€ e os 1.500€... e então optou pelo meio termo !!!!

Para fechar este tema, eu próprio (depois desta argumentação) tive de fazer um esforço para fechar a boca. A loira: "pode ser que assim o Francisco volte a olhar para mim" - vou voltar a apelar à vossa memória. Quem é o Xico?? Isso... isso... É O CHEFINHO!!! He he he... Em suma, o Jonnhy gosta dela e pagou a nota para a Miss Tagliateli ficar parecida com a Miss Spaghetti... mas o objectivo é ser o Xiquinho a comer a massa! Brilhante.

Mas a conversa rapidamente passou para o jogo da bola de ontem. Uma vez mais a loira faz menção a um jogador do Benfica que estava gordíssimo, caiu e tudo, e que parecia que tinha uma bola na barriga (estava a falar do mítico Mats Magnusson), mas a amiga, com muito maior sentido de conveniência, passa a conversa para o Figo: "ah e tal, continua um espectáculo, e nem reparei nos outros... e tal".


MAS A LOIRA NÃO DESISTE! Esta mulher é um monumento ao xinfrin... alto e em bom som para TODA a carruagem ouvir: "O FIGO? PORRA... A GAJA DELE ATÉ DE PIJAMA É BOA"... meu Deus... se fosse um homem era machista... como era a raínha da CP... é uma loucura!

Venha a próxima viagem... rápido pf.

O Avatar e a educação das crianças

Finalmente apeteceu-me novamente tirar os fones e ouvir uma conversa muuuuuito interessante.
Entraram no Cacém, homem e mulher, amigos... a falar de cinema!

Ele dizia à amiga que tinha ido ver o Avatar com a mulher e a sobrinha de 12 anos, ao que ela respondeu perentoriamente: "o meu filho não vai ver o Avatar"! Mai'nada... quem fala assim não é gaga, pensei eu!
Mas agora interessa perceber o porquê...

Os malandros dos avaliadores dos filmes classificaram-no em Portugal para maiores de 6 anos, enquanto que os Americanos (esse povo tão bom para nós usarmos como desculpa para tudo e mais alguma coisa) o classificaram para maiores de 13 (disse a minha companheira de viagem... eu sinceramente nem sei quais são as categorias). UAU! Sim senhora, os americanos dizem e nós seguimos! Claro que se estivessemos a falar dos americanos classificarem um filme do Manoel de Oliveira para maiores de 60 e só com utilização de botija de oxigénio, aí piava mais fino, aí provavelmente estaría a ouvir esta minha amiga a dizer "os púdicos dos americanos não percebem nada disto... coitadinho do nosso Manelinho"!

Enfim, mas a incoerência não para aqui. O companheiro de viagem alertou a jovem senhora para o facto de terem surgido críticas de médicos acerca da exposição prolongada (recordo que o filme tem quase 3h) para as crianças à tecnologia 3D. E foi aí que a minha amiga voltou à carga, desta vez com novos e fantásticos argumentos. "Pois pois... e depois há o 3D, nem pensar... o meu filho não vai ver o Avatar".

Mais tarde na viagem percebi que o miudo tem 9 anos, mal consegue acompanhar um filme dobrado, quanto mais um legendado... e que tem hábitos em casa muito bons!
Adora ver o CSI! Upa upa... ora aí está uma série com classificação clara para mais de 6 anos! Pouco sangue, poucas mortes, poucos corpos esventrados... uma série muito suave... para meninos! Mas acho que a mãe vai explicando "Aqueles senhores zangaram-se e fizeram uma coisa feia!" (mas o Avatar é que não... valha-nos isso).

Com o entusiasmo, a minha amiga lá deixou escapar ao companheiro de viagem que actualmente só via no cinema filmes de animação... e principalmente os 3D!!!!!! Afinal o 3D é porreiro... "adorei o Planeta 51 e o Bolt em 3D... o meu filho queria era agarrar o cão". Parabéns cara amiga, o prémio coerência educacional e cinematográfica é seu!


A fechar, o melhor exemplo de como educar uma criança: o estímulo financeiro.
"Eles agora querem fazer tudo o que os amigos fazem. No outro dia chegou a casa e disse, os meus amigos têm todos uma PS3 por isso eu também quero, ao que respondi, mas a tua mãe sou eu e por isso tu não vais ter". Ora aí está a justificação que nenhum adulto gosta de receber mas todos acabam por dar aos filhos... mai'nada! Mas o grave veio depois, "só se a comprares com o teu dinheiro". Fiquei a saber que aquela criança de 9 anos recebia uma semanada de 1 EURO (loucura total) e que podia juntar dinheiro durante aproximadamente 300 semanas para comprar a sua PS3... boa! A criança, que não é estúpida, tal como qualquer adulto, começou a pensar em formas de agilizar a entrada de capital, e acordou com a mãe receber mais um euro por dia se fizesse sempre a cama! Espectáculo de formação... estamos perante um daqueles casos que no futuro só faz alguma coisa se lhe pagarem para isso... e lá se vai a solidariedade e acção social...

Enfim!

Os engates de comboio...

Ontem encontrei três colegas (um rapazola e duas jovens) de trabalho no comboio a caminho de casa.
Para não referir nomes vamos dar-lhes nomes fictícios, por exemplo, Ernâni (ao rapazola), Jovem A e Jovem B (às duas jovens)!

Como eles não repararam que eu ia no comboio tive oportunidade de ver o ritual de acasalamento do Ernâni para com a Jovem A. É aliás muito frequente ver este tipo de comportamentos nas viagens, quer entre colegas, quer entre pessoas que não se conhecem e começam a trocar olhares. Está ainda para vir o dia em que, tal como nos filmes, vejo duas pessoas que não se conhecem de lado nenhum a sairem juntas e viverem felizes para sempre.

Mas voltando aos três estarolas. Muito bom... ele (o fictício Ernâni) balançava para tocar no braço dela, ele falava baixo para ter de se debruçar e ficar perto dela, ele segurava-a para não caírem, dando a mão de forma "carinhosa" e demorando alguns segundo a largar (para garantir que a jovem A estava bem), enfim...

Do outro lado a Jovem B... calada e ignorada.

Os outros dois a que ficticiamente chamamos de Ernâni e Jovem A já falavam de televisões! O nosso Ernâni (nome fictício) dizia com alguma tristeza que ia ficar sem televisão porque (não sei quem é que vive com ele) iam levá-la "lá para baixo"... Isto na sequência da Jovem A dizer que andava à procura de uma televisão. Coitado do nosso Ernâni (nome fictício) que ia ficar sem TV e a Jovem A ia comprar uma... disse-o várias vezes com um ar bem "lamechas".

Passados uns minutos eis que o Ernâni (nome fictício) reparou que eu ia na carruagem, emitindo de imediato um "bolas... lá vou eu aparecer no blog amanhã"... e pronto, cá estou eu a fazer-te a vontade!

Estamos de volta... ai o estado!

Depois de 2 semanas de ausência e de alguns dias de inércia, eis que ontem ao final do dia tive o prazer de partilhar o banco do comboio com duas funcionárias da segurança social.



O comentário que me chamou à atenção foi o seguinte: "porque é que aquela gaja há-de ir a um bom médico enquanto nós temos de ir ao serviço nacional de saúde e esperar 1 ano?"... Ora ora, que bela questão! Com um comentário destes tive de simular a perda de bateria do meu mp3 para retirar de forma suave os auticulares dos ouvidos...

Uma das senhoras era uma espécie de mentora da outra, dando-lhe algumas lições de moral, como a do parágrafo anterior, enquanto a outra ouvia e ia confirmando o entendimento acenando positivamente com a cabeça.

À pergunta "mas essas decisões de recusar depesas de saúde não cabem ao Sr. Dr.?", a resposta foi sempre idêntica, "se eu me sinto lesada enquanto cidadã e posso fazer alguma coisa, porque é que não hei-de fazer?". ORA AÍ ESTÁ, nem mais, ah granda portuguesa...

Infelizmente, só me apercebi destas pérolas quando estávamos na Reboleira, pelo que não consegui apanhar muito mais (uns concursos para promoção fajutas, etc, mas nada de novo) porque elas sairam em Barcarena :-(

Esta estação de Barcarena começa a ser um autêntico viveiro... e já agora, aproveitando este post, há dias via as minhas amigas mais famosas deste blog... sim, essas mesmo. Entraram as duas novamente em Barcarena mas infelizmente viraram para o lado "errado" da carruagem onde eu seguia. Foi pena. Ainda me estiquei para ver se havia lugar perto de onde elas iam, mas não. Hoje, e depois de ver a do costume a palrar a viagem toda enquanto a outra dizia que sim e que não com a cabeça, arrependo-me de não ter feito a viagem de pé... pertinho delas... fui mesmo menino!

Enfim...

Antes da pausa... a bófia!

A faina vai parar durante 15 dias. Vou estar a trabalhar fora de Lisboa e dá-me menos jeito ir todos os dias para o Vimeiro de comboio, primeiro devido à duração da viagem e depois por não há comboio por aqui.

Mas antes de ir... uma boa notícia! A polícia anda por aí... à espreita.
Na sexta-feira, na gare do Oriente, quando me dirigia para as escadas rolantes, eis que vejo dois estrangeiros (pareciam italianos pelo palrar acelerado mas não tenho a certeza) a correr na direcção de um magricela, agarraram-lhe o braço e perguntam por algo imperceptível. O machão magricela (este parecia romeno... reparem que as minhas competências para identificar nacionalidades são tudo menos fiáveis), cheio de medo, apontou para trás na direcção de uma jovem (julgo que brasileira... mas podia ser albanesa visto que não abriu a boca). Os "italianos" largaram o machão magricela e dirigiram-se para a albano-brasileira e ela imediatamente lhes deu uma carteira... que já agora era deles e a nossa "vilã" tinha gamado.

Os dois estarolas - o machão magricela e a albano-brasileira - sairam em passo apressado em direcção ao centro comercial.

Ainda tonto, olhei para trás e estava um tipo normalíssimo de malinha à tira colo a perguntar aos italianos "roubaram-lhe a carteira?". Mal viu o acenar afirmativo o artista sai a correr e agarra a albano-brasileira, com o machão-mor-magricela a desmarcar-se com uma pinta do caraças.

"Tu vens comigo" dizia o nosso heroi mostrando um crachá da polícia. No caminho para a esquadra ainda sacou os estranjas que estavam em modo passeio e que, provavelmente, acabaram por passar umas horas a preencher papéis! Mai'nada... eles "andem" aí...

Pedro

O chefe, a vizinha e as duas loiras da televisão!

Ora bem, sexta-feira, quase fim-de-semana, se pudessem escolher o tema da conversa de hoje no comboio qual seria? Obviamente que sim: SEXO.

Confesso que dei alguma bandeira quando vi entrar em Barcarena duas jovens ao retirar um dos phones do ouvido para poder ouvir a conversa. Parecia uma autêntica revista cor-de-rosa... mas valeu a pena.

A conversa teve 3 fases distintas e começou da melhor forma possível: "uma rapariga para ser feliz precisa de sexo, não concordas?". UAUUU! No comboio? Muito bom! Primeiro pensei imediatamente numa extraordinária cena de lesbianismo... mas não! Ohh! A resposta da amiga (ambas na casa dos 30) foi "ou te esqueces ou precisas mesmo".

O quê?! Não percebi! "Ou te esqueces"? Ou te esqueces de quê? De que precisas? Mas isso não dá para esquecer minha amiga? Belos conselhos...

Mas adiante. De que é que ela estava a falar? Afinal era de um homem. Francisco para cá, Francisco para lá, o Xico isto, o Xico aquilo, e de repente... "deixa-me mandar-lhe uma mensagem a dizer que estou atrasada para a reunião". Ah pois é bebé... é o chefe da menina! Os minutos seguintes foram o desvendar (para todos num raio de 3 metros) de um rol de situações embaraçosas (para ela) promovidas pelo Xico. Até eu já não podia ver o homem à frente. "Mas o que queres que faça, eu preciso do sexo". Palavras para quê? A amiga estava corada até mais não. Muito bom...

Mas não ficou por aqui. Depois de uns minutos de silêncio ela voltou à carga (a cara da amiga quando ela recomeçou a falar foi divinal - imaginem), "também, se o João fizesse o que devia em casa eu não era mal tratada desta forma", "se eu o apanho outra vez com aquela gaja nem sei o que lhe faço".

Espera lá! Quem é o João? (percebi depois que era o marido)
E a gaja? (percebi depois que era a vizinha e que a minha nova amiga achava que ambos andavam a fazer exactamente o mesmo que ela e o Xico... eventualmente sem a vizinha ser mal tratada)

"Quem é que dá boleia a uma vizinha todos os dias para ela não fazer 50 metros a pé?". "Está tudo doido ou quê?". Nesta altura a minha amiga estava vizivelmente agastada e falava já para um raio de 5 metros... o que é bom porque todos estavamos do lado dela. Se o João e o Xico entrassem no comboio naquela altura eram ambos espancados.


Para fechar... a cereja. "Outro dia estivemos 2 horas sozinhos em casa a ver televisão e ao fim de 2 horas ele vê uma cena de 2 loiras a beijarem-se e diz-me... e se fossemos para a cama?" -- peço-vos que imaginem, não só a cara da amiga dela, mas acima de tudo os olhos arregalados e bocas abertas da malta toda num raio de 5 metros (eu nesta altura já tinha desligado o mp3).

Resposta orgulhosa da minha nova amiga: "Agora? Estamos aqui há 2 horas e agora que vês 2 fufas aos beijos é que queres ir comigo p'ra cama? Vai ter com elas e leva a vizinha..."

UAUUU! Boa sexta-feira para todos! P'ra mim vai ser um espectáculo.

Chegou a moda outono | inverno aos comboios!

Hoje não tenho nenhuma estória... oh!
Hoje tinha carga no mp3 e nenhuma paciência para ouvir os meus "vizinhos".

Mas até nestes momentos tenho azar... a minha "vizinha" da frente não me deu descanso! Veio a dormir a viagem toda. Coincidentemente, calhou-me em sorte estar a tocar "vogue" da Madonna no meu leitor... o que é bastante irónico! Bastante mesmo...

Pela foto não conseguimos ver bem mas vou descrever-vos a "utente" da cp que me calhou em sorte.

112 kg (ou menos)! O peso só se torna importante para perceberem a proximidade que mantivemos. Como esta minha nova amiga entrou numa estação com mais 500.000 pessoas, já não consegui procurar outro lugar... bem, mesmo que houvesse, estava tão entalado que era melhor não arriscar. Reparem que tentei (sem sucesso) tapar a cara da senhora mas de facto só consegui que parecesse que foi atropelada à nascença por um tractor! Peço desculpa à "vizinha".

Mas voltemos à moda. O site mundo da tribos dizia há tempos que nesta época as pessoas se vestem com mais elegância e sofisticação. Confirmo! Hoje a estética é reinventada a toda a hora...

Reparem bem nas tonalidades pálidas (não conseguem ver pela foto? oh... andem de comboio para ver) e nos efeitos esfumaçados a marcar uma espécie de estilo clássico restaurado. Restaurado é a palavra chave!
O azul bebé da camisola de gola alta, o castanho escuro do casaco de lã (até eu fiquei cheio de calor), o cinzento e preto da saia maxi (felizmente) e o verde tropa da mala fizeram o resto! Brilhante... que bonito.
 
Mas a fechar, a cereja no topo do bolo... a baba! Um pequeno fiozinho de baba a dar aquele colorido à soneca que a senhora fez durante TODA a viagem. Os óculos de massa escura, o papo e a baba deram mesmo este colorido final. A moda outono / inverno chegou.
 
A menina do lado também não estava melhor... e o momento alto para todos foi mesmo eu decidir tirar uma foto com o telemóvel! Sorrisos... enfim!

Não resisto a colocar esta aqui... cuidados com as compras e as escadas rolantes!


Não se passou nas viagens de comboio! Ok... mas está ao nível. É muito curta.
Hoje fui almoçar ao Olivais Shopping (aquilo agora tem outro nome mas para o efeito não interessa muito) e subi pelas escadas rolantes até ao piso dos restaurantes, o 2º se não me engano.
Como entrei pela entrada principal apanhei muita malta a sair das compras no Pingo Doce, mas qual não é o meu espanto quando vejo um casal, já com a sua idade (ooops... não tenho nada contra mas põem-se a jeito), a meter um carrinho de compras (DOS GRANDES) na escada rolante, a descer, a caminho do parque de estacionamento.

Bem, vamos por partes! Todos nós já ignoraram os sinais nas escadas dizendo que não podem ir assim ou assado, e normalmente corre bem, mas já vos aconteceu entrarem com o carrinho (insisto em chamar-lhe carrinho mas aquilo é de facto muito grande) na escada rolante e pensarem que estão numa passadeira??

Pois essa é a minha interpretação. É minha porque apesar de estar a 3 metros do evento (já conto o que aconteceu) não consegui parar para perguntar à senhora.

1º Erro: o homem deixou a mulher entrar com o "carrinho" na escada rolante.
2º Erro: a mulher, pensando que era uma passadeira, largou o carrinho AHHHHHHH!

Resultado: gritos, seguranças a correr e muita tralha no chão. Tralha = frascos partidos, pacotes de tostas e batatas fritas rebentados... enfim, um festival!

Para variar, e enquanto a mulher ainda gritava por se ter apercebido do que tinha feito, o homem dizia "minha estúpida"... Típico!

Há coisas difíceis de prever... e de entender como funcionam!

Hoje quando saí do comboio na Gare do Oriente dirigi-me para as escadas de saída. Como estava a chuviscar estava tudo com pressa.
Para quem não conhece estou a falar de três corredores de escadas, o primeiro, à esquerda, com uma escada rolante que subia, o segundo, ao centro, com uma escada tradicional (cheia de gente a descer), e o terceiro, à direita, com uma escada rolante que descia.

Pois eu escolhi a do meio... e em boa hora o fiz. :)

Em filinha e lado a lado (cabem 2 pessoas ao lado uma da outra) lá ia eu. Duas pessoas à minha frente ia uma senhora já com a sua idade que em determinada altura decidiu que estava a precisar de ajuda e colocou a mão no corrimão! Ah pois é bebé! O corrimão da escada rolante do lado esquerdo... a que estava a subir.

PAU! Malhou para trás. Mas não foi um malhar qualquer, foi um malhar em câmera lenta. Imaginem a senhora parada a colocar a mão no corrimão e lentamente a cair para trás sem tirar os pés do degrau onde estava. Felizmente caiu nos braços de uma senhora atrás de si. Ao meu lado seguia um senhor´também ele já com a sua idade que só se ria!

A meio da escada, ainda o homem ia a rir, eis que a senhora decide novamente apoiar-se no corrimão! Lindo! Quando ela ia começar a cair (aquilo era mesmo câmera lenta) a mesma mulher que a tinha ajudado arranca-lhe a mão do corrimão e diz, "a senhora esteja quieta e segure-se a mim". O homem a meu lado não parava de rir!

Quando chegamos lá abaixo (finalmente) a senhora para e espera por alguém... quem? O homem a meu lado! Era o marido! :)

Virou-se para ele e disse: "já malhei querido"... e ele ria...